NÃO DÊ DESCANSO A DEUS


“Sobre os teus muros, ó Jerusalém, pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; vós, os que fareis lembrado o SENHOR, não descanseis, nem deis a ele descanso até que restabeleça Jerusalém e a ponha por objeto de louvor na terra” (Is 62:6-7).

O profeta Isaías, olhando para os dias futuros de exílio do povo de Deus, profetizou que enquanto Jerusalém não fosse restaurada, intercessores iriam incansavelmente interceder por sua redenção. Deus havia prometido que a cidade santa novamente seria objeto de louvor na terra, depois de um período de vergonha e destruição. Tal promessa alimentava a esperança e a perseverança daqueles “guardas sobre os muros”.
Hoje também vemos Jerusalém, a igreja do Senhor, num estado deplorável. Apesar do seu crescimento estrondoso, a igreja não tem sido objeto de louvor na terra. Pelo contrário, marcada por escândalos, materialismo e muitas vezes sincretismo religioso, ela tem inspirado os inimigos de Deus a blasfemar e fazer chacotas. É difícil encontrar as vozes dos profetas ecoando no deserto. Poucos são inflamados pelo zelo do Senhor. A mensagem da cruz tem sido relegada ao passado e o evangelho tem sido reinterpretado à luz das necessidades egoístas e imediatistas de uma geração que se esqueceu da eternidade.
Novamente precisamos de guardas sobre os muros de Jerusalém. Precisamos de homens e mulheres segundo o coração de Deus que não se deixam fascinar pelo modismo da época, mas estão em seus corações anelando por uma reforma e um reavivamento que restaurem a casa de Deus à glória que teve em outros tempos. Precisamos de intercessores que não se deixem cansar nem esmorecer, mas que, num santo pacto, se comprometem a permanecer nos muros até que Deus faça resplandecer sobre nós a luz do seu rosto. Precisamos de filhos de Deus que não dêem descanso a Deus, perseverando como a mulher diante do juiz iníquo. Que Deus não deixe de ouvir o clamor insistente daqueles que não se conformaram com este século, mas têm sede de estar na presença de Deus.
O inimigo das nossas almas não está preocupado com nosso ativismo religioso. Ele não se deixa impressionar por nossos eventos e programas muito bem elaborados. Ele faz pouco caso da oratória e não se incomoda com reuniões abarrotadas. Mas ele teme e treme quando os santos se ajoelham para buscar a presença e o poder de Deus. Ele se agita e faz tudo para apagar as chamas da intercessão. Ele sabe que quanto estamos na sala do trono, “Deus é poderoso para fazer infinitamente mais”!
Por isso, meus irmãos, não permitamos que as coisas desta vida nos afastem dos muros. Pelo contrário, continuemos a importunar a Deus, não dando a ele descanso, até que a sua igreja se torne por objeto de louvor na terra.

Jorge Issao Noda

Comentários

  1. Sábias palavras pastor!!! Precisamos ter a consciência que a vida do verdadeiro servo é de joelhos buscando a preciosa presença de Deus.

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