PROSSEGUINDO PARA O ALVO


“Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição... mas prossigo para o alvo” (Fl 3:12,14).

É inevitável chegarmos ao final de mais um ano sem tentar fazer um balanço geral. Quando estamos no meio do ano até pensamos que muitos objetivos podem ser atingidos até o Natal ou Ano Novo. Mas a esta altura realmente nos resta fazer uma avaliação dos doze meses que Deus nos deu. O que ganhamos? O que perdemos? Em que erramos? O que aprendemos? O que ficou incompleto? Em que devemos melhorar? O que devemos realmente mudar?
O apóstolo Paulo, em sua carta aos filipenses, nos apresenta alguns princípios extremamente úteis para ajudarnos numa avaliação pessoal. Em primeiro lugar, ele ensina que devemos procurar o lado positivo de todas as coisas. Ele estava preso, privado de realizar a sua missão e sob a ameaça de uma execução. Em tais circunstâncias, o que ele podia ver de positivo? Ele estava preso, mas viu nisso uma oportunidade de pregar o evangelho aos soldados que o mantinham preso. Ele não podia pregar lá fora, mas os discípulos se tornaram mais ousados em proclamar a mensagem por causa de sua prisão. Ele poderia ser até executado, mas isso simplesmente o colocaria imediatamente na presença de Cristo para sempre, o que era incomparavelmente melhor. Nada, por mais extremo, seria suficiente para demovê-lo de sua confiança em Deus. Se muitas coisas não aconteceram como planejamos, é preciso verificar como transformar até o que foi negativo em preciosas percepções da graça e da providência de Deus.
Em segundo lugar, Paulo nos ensina a fazer uma avaliação realista de nossa situação presente. “Não julgo que tenha alcançado.” Nada pode ser mais letal para a experiência plena da vontade de Deus do que o sentimento que já chegamos lá. Essa avaliação irreal nos deixa dentro de uma zona de conforto perigosa, pois não percebemos quando as ameaças da vida se aproximam e não nos preparamos de forma adequada para enfrentá-las. A humildade no reconhecimento de nossas limitações nos motiva para buscar sempre o aperfeiçoamento.
Em terceiro lugar, Paulo nos ensina a deixar o passado para trás. Não adianta lamentar sobre o que não pode ser alterado. Prisioneiros do passado são incapazes de avançar em direção à liberdade do futuro. Se pecado, o sangue de Cristo nos purifica quando nos arrependemos. Se fracasso, saímos com lições de como acertar e a convicção de que Deus nos restaura. Se escolhas erradas, é possível lembrar onde erramos o caminho e voltarmos ao centro da vontade de Deus. É preciso deixar o passado no passado. O que aconteceu não pode definir o que pode acontecer. As vitórias do passado não garantem o sucesso no futuro.
Em quarto lugar, Paulo nos ensina a prosseguir em direção ao alvo. Não podemos parar. Não podemos nos acomodar. Não podemos nos deixar paralizar por circunstâncias adversas. Precisamos seguir em frente, mesmo quando os pés estão machucados e o corpo está cansado. Na presença de Deus, encontramos força na fraqueza e descobrimos uma graça que vai além de toda compreensão humana. Nosso alvo final é aquele grande dia quando estaremos na presença de Cristo para sempre. E isso vale mais que tudo.
Feliz 2013!

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